Livro 1

Capitulo 3 – O embarque. (parte 1)

Durante esses mais de 4 meses, Peter continuou lendo seus livros de Hogwarts, e tentando adaptar a técnica para despertar seu sentido espiritual, sem muito sucesso, ele pediu que seu pai lhe ensinasse a usar magia, porém seu pai foi bem enfático a respeito de crianças lançarem feitiços fora da escola, mas para apaziguar Peter ele o ensinou a andar de vassoura, o que Peter achou pouco interessante, assim que alcançasse um determinado nível de cultivo ele poderia tranquilamente voar nos céus, e quanto maior fosse seu nível mais rápido seria sua velocidade. Peter é bem atlético e pelo seu método de cultivo e refino do corpo, seu físico é muito melhor que a média de sua idade, dando-lhe uma vantagem em qualquer atividade que necessite de um físico mais preparado, sua força por exemplo pode chegar até quatro vezes a força de um homem adulto caso ele dê seu melhor, e sua agilidade excede muito a de um ginasta adulto.

Mesmo com seu pai não lhe ensinando, Peter ainda decidiu estudar e tentar algumas magias mais simples, ele até conseguiu usar accio e alorromora, Wingardium Leviosa ainda não foi possível. Depois de conseguir lançar essas magias mais simples ele pareceu entender melhor a maneira como sua consciência interage com as energias desse mundo e a partir daí começou a realmente adaptar sua técnica para despertar seu sentido espiritual, em seu antigo mundo essa técnica exigia que o cultivador guiasse uma densa quantidade de energia do céu e da terra através de seu meridiano principal para o chakra Ajña localizado na parte interna frontal da cabeça, no centro da testa um pouco acima dos olhos,  porém como ele já havia verificado que a energia desse mundo é diferente da do seu antigo mundo ele não pode fazer uso desse tipo de técnica sem entender como essa energia interage com seu cérebro. Quando ele lançou as magias ele identificou um pouco da interação entre a energia mágica que ele vem absorvendo e seu cérebro,  no caso desses dois feitiços a interação é mínima pois não se tratam de feitiços mentais, ele chegou a ver um livro dando uma explicação fraca sobre Oclumência e Legilimência, que é a arte de se defender e de ler mentes respectivamente, quando questionou se havia algum livro mais profundo sobre o assunto na Floreios e Borrões, o atendente lhe disse que esse tipo de livro só seria encontrado em grandes bibliotecas antigas, e como Peter estaría indo para Hogwarts com certeza a biblioteca de lá teria esse tipo de livros, por esse motivo Peter só poderia deixar para finalizar a técnica após estudar essas duas matérias, ele tem certeza que assim que dominar essas técnicas, ele será capaz de fazer seu despertar espiritual.

No dia 1º de setembro de 1991, os pais de Peter o levaram até a plataforma nove e três quartos meia hora antes da saída do trem, Peter se despediu de seus pais, e assim que entrou encontrou uma cabine vazia no final do trem, se acomodou e guardou suas coisas, as cabines eram separadas por ano, e todos os alunos do primeiro ano estariam nos mesmos vagões.

Após uns 15 minutos um garoto magricela com cabelo arrepiado e óculos redondos entra na cabine, olha para Peter e pergunta.

  • Posso me juntar a você nessa cabine? as outras estão ocupadas!
  • Claro, quer ajuda com a bagagem? – Pergunta Peter e se levanta para ajudar o recém-chegado.
  • Por favor, muito obrigado! – Responde o garoto, e assim que Peter vai pegar a bagagem ele se encontra com dois ruivos gêmeos aparentemente mais velhos que vinham em direção ao garoto.
  • A você já conseguiu ajuda, minha mãe pediu que nós ajudássemos você, ela achou que você aparentava precisar de ajuda! – Disse o primeiro gêmeo.
  • Fred não precisa mais vir um dos calouros já está ajudando nosso amigo! – Disse um dos gêmeos ao outro que se chamava Fred, e venho ajudar a colocar a grande bagagem do menino magricela na cabine, assim que terminaram de colocar toda a bagagem do garoto de óculos na cabine ele agradece e afasta o cabelo que havia caído na testa.
  • o que é isso? – Pergunta o gêmeo, Peter nota que o rapaz estava olhando para a testa do garoto de óculos.
  • Não acredito!!! – exclama Peter – Você é…? – Peter tinha ouvido do seu pai que o garoto que “derrotou” o “lorde das trevas” tinha uma cicatriz em forma de Raio em sua testa.
  • Sim, ele é – Disse o gêmeo – Certo? – ele pergunta ao garoto de óculos.
  • O que? – pergunta o garoto de óculos.
  • Harry Potter! – disseram Peter e o Gêmeo.
  • Ah, sim… é sou! – O garoto que agora todos sabem se chamar Harry, ficou envergonhado, porém para seu alívio, foi ouvida uma voz fora do trem.
  • Jorge, porque a demora? – Chama a voz de uma mulher.
  • Estou indo, mamãe!

Olhando uma última vez para Harry, Jorge corre para fora do trem para atender sua mãe.

  • Prazer em te conhecer Harry, me chamo Peter Smith. Estarei cursando o primeiro ano de Hogwarts como você!
  • Muito prazer Peter, bom você já sabe meu nome certo?
  • Com certeza, todo bruxo sabe seu nome! – Peter disse, após isso eles começaram a ouvir a agitação da família Wesley e Peter decidiu mudar de assunto.
  • Você se distanciou do mundo mágico pra evitar isso, certo?
  • Na realidade eu nem sabia que existia um mundo mágico até pouco tempo atrás! – disse Harry – Você é de uma família de Bruxos?
  • Não, minha mãe é trouxa e meu pai um bruxo, ele é médibruxo no Hospital St. Mungus para Doenças e Acidentes Mágicos, por isso posso ser contado como de uma família mestiça! – Assim que a conversa estava rolando, a porta da cabine se abre e um garoto ruivo entra.
  • Tem espaço pra mais um? o resto do trem está lotado! – o ruivo pergunta.
  • Claro, pode entrar! Quer ajuda com a bagagem? – Pergunta Peter, já se levantando e ajudando o garoto a colocar sua bagagem na cabine, ao ver isso Harry também se levanta e ajuda seus colegas de cabine.
  • Obrigado, sou Ronald, mas você pode me chamar de Ron. – assim que Ron começa a se apresentar os gêmeos aparecem na porta da cabine e o cumprimentam.
  • Oi Ron, escuta aqui, vamos para o meio do trem. Lino Jordan trouxe uma tarântula gigante.
  • Certo – disse Ron
  • Olá, sou Jorge e esse é meu irmão Fred Weasley, e esse é nosso irmão caçula Ron, muito prazer! – disse Jorge se dirigindo a Harry e Peter, como eles já sabiam que o Harry era o “Harry”, Peter entendeu que o cumprimento foi para lhe dar abertura para se apresentar.
  • Olá, eu sou Peter Smith, muito prazer em conhecê-los! – Peter se virou e cumprimentou cada um dos Weasleys com um aperto de mão, Harry vendo isso seguiu com o comprimento também e falou.
  • Bom eu sou Harry Potter prazer em conhecê-los também!
  • A gente se vê mais tarde! – os gêmeos disseram ao mesmo tempo e saíram. Assim que eles saíram, Ron olhou para Harry e perguntou entusiasmado.
  • Você é mesmo “O Harry Potter”? – Harry olhou para Peter que fez um sinal de que “viu eu te falei”, Harry confirmou acenando com a cabeça.
  • E você tem mesmo…sabe… – e apontou para a testa.
  • Harry afastou a franja para mostrar a cicatriz em forma de raio. Rony olhou.
  • Então foi aí que Você-Sabe-Quem…?
  • Foi, mas não me lembro.
  • De nada? – perguntou Ron.
  • Bom… lembro de muita luz verde, mas nada mais.
  • Uau. – Ele ficou parado olhando para Harry, Peter notando isso falou com Ron.
  • Hum… Então Ron você vai estar cursando o primeiro ano conosco também, certo?
  • Ah! Certo… sim vou sim – Ron disse meio constrangido com sua atitude anterior, Harry notando isso mudou de assunto.
  • Todos na sua família são bruxos?
  • Hum… são, acho que sim. Acho que mamãe tem um primo em segundo grau que é contador, mas ninguém nunca fala nele.
  • Deve ser legal ter três irmãos, eu sou filho único! – Peter se juntou à conversa.
  • Cinco, sou o sexto da minha família a ir para Hogwarts, meus irmãos mais velhos Gui e Carlinhos já se formaram, Gui foi chefe dos monitores e Carlinhos foi capitão do time de quadribol, Percy é monitor, Fred e Jorge fazem muita bagunça, mas tiram notas muito boas e todo mundo acha que eles são engraçados. Todos esperam que eu vá tão bem quanto os outros, mas, se eu me sair bem, não vai ser nada de mais, porque eles fizeram isso primeiro. é difícil ter algo novo quando se tem cinco irmãos. Uso as vestes velhas de Gui, a varinha velha de Carlinhos e o rato velho de Percy – Ron meteu a mão no bolso interno do paletó e tirou um rato dorminhoco cinzento e gordo.
  • O nome dele é Perebas, ele quase nunca acorda. Percy ganhou uma coruja por ter sido escolhido monitor, mas eles não podiam ter… quero dizer, em vez disso ganhei Perebas.
  • Eu não ganhei nenhum animal de estimação, mas tudo bem às vezes é melhor que nós alcancemos nossos objetivos sozinhos, pra ter um valor mais alto para nós mesmos – Vendo que Ron estava se desvalorizando Peter tenta ajudá-lo a entender que ele tem que começar por si só.
  • Bem, até Hagrid me contar, eu não sabia o que era ser bruxo nem quem eram meus pais nem o Voldemort – Harry diz, para tentar mostrar a Ron que ele também não tem confiança em si mesmo. Ron fica pasmo e Peter olha para Harry,
  • Que foi?
  • Harry, evite dizer o nome de Você-Sabe-Quem, ele é um tabu no nosso meio!!! – Peter diz, alertando Harry, seu pai já tinha explicado a ele que não deveria falar o  nome de Voldemort, por mais que Peter achasse que temer um nome não passava de uma amostra de quanto Voldemort conseguiu entrar na mente desses bruxos ele decidiu respeitar seus mais velhos por enquanto, quando tivesse alcançado um certo nível de força e conhecimento sobre Voldemort ele iria acabar com esse vilão ele mesmo, porém ele sabia que com esse tipo de pessoa que usa qualquer meio maligno para conseguir poder ele deveria ter um poder pelo menos 2 vezes maior para que ele não tivessem chance de usar inocentes para se defender.
  • Desculpa, é que nunca soube que não se podia dizer. Está vendo o que quero dizer? Tenho muito o que aprender… aposto – acrescentou – Aposto que vou ser o pior da classe.
  • Não vai ser, não! Tem um monte de gente que vem de famílias de trouxas e aprende bem depressa. – Ron disse tentando animar Harry.
  • Verdade, eu mesmo não pude aprender nada além de voar em uma vassoura, pedi ao meu pai pra me ensinar e ele me disse que só posso fazer magia na escola! – Disse Peter olhando para Ron e Harry – E você Ron? também é proibido pelos seus pais?
  • Não, nossa família não mora no mundo trouxa, por isso podemos usar magia em casa, você mora no mundo trouxa certo? – Ron perguntou a Peter
  • Sim, moro em uma casa próxima ao Hospital St. Mungus para Doenças e Acidentes Mágicos, no mundo trouxa – Peter respondeu a Ron – antes de você entrar estava contando a Harry que meu pai é Médibruxo lá!
  • Sério? meu vai gostar de conversar com vocês, ele trabalha no ministério da magia, no escritório de Controle do Mau Uso dos Artefatos dos Trouxas, ele é fã das invenções de trouxas – pela cara de Ron ele mesmo não era muito fã dos trouxas.

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